O CASO MONTIEL

 

 

No dia 3 de Maio de 1975, um determinado piloto sobrevoava a cidade do México no seu avião Piper PA-24 que em determinado momento começou a trepidar sem motivo aparentre. O jovem piloto reparou depois num objecto cinzendo-escuro, com uns 3 metros de diâmetro, no lado esquerdo próximo da asa do avião e um outro igual se encontrava próximo da asa do lado direito e isso causou-lhe alguma apreensão e ficou mais assustado ainda quando viu um terceiro à frente vir na sua direcção. O Ovni passou de tal maneira tão rente que chegou a riscar a parte inferior da fuselagem como depois veio a verificar.

O seu maior medo nesta experiência insólita, foi o facto de verificar que os comandos do avião não lhe obedeciam e por mais que se esforçasse pareciam bloqueados ou emperrados, enquanto o avião prosseguia o curso normal durante algum tempo e só recuperou o comando do aprelho quando aqueles objectos voadores se afastaram do seu campo de visão. Nesse momento ele transmitiu uma mensagem via rádio para o aeroporto da cidade do México a contar o sucedido muito perturbado com toda aquela situação.

Em terra esteve a falar com os funcionários do controle aéreo que confirmaram que 3 objectos não identificados tinham sido captados no radar e que após algumas manobras incompreensíveis desapareceram a uma velocidade fantástica. O Controlador áreo, Emilio Estañol, confessou mesmo que em 16 anos naquela profissão nunca tinha visto nada igual.

Entretanto, a experiência vivida pelo jovem piloto, teve honras de primeira páginas nos jornais mexicanos da época que deram ao caso a devida divulgação e o jovem chegou a ser convidado depois a participar num programa de televisão para ser entrevistado e embora relutante aceitou.

No dia da entrevista, o piloto ia de carro a caminho da estação de TV quando de repente surgem dois carros pretos, tipo limusine, que se atravessaram na estrada, um à frente que o obrigou a parar e outro atrás que o impediu de recuar. Assustado com aquela situação, viu sair de um dos automóveis 4 homens altos vestidos de preto que se aproximaram dele e o obrigaram a abrir o vidro e numa voz ameaçadora lhe disseram que se dava valor à vida e de sua familia, que não comentasse mais nada do que viu e o que vivenciou no seu avião.

O jovem Carlos de Los Santos Montiel, extremamente assustado com aquela situação, viu os homens de negro meterem-se no carro e afastarem-se. Deu meia volta e voltou para casa, não comparecendo no programa de televisão.

Dias depois, ele contou o sucedido ao apresentador do programa, Pedro Ferriz, um adepto de Ovnilogia, que lhe disse que já tinha ouvido outros comentários relativos a “homens vestidos de negro” que ameaçavam testemunhas de Ovnis e que apesar disso nunca lhes acontecia nada.

Um mês depois, o jovem piloto conheceu o Dr. J. Allen Hynek, um astrónomo da Nortthwestern University, que tinha sido consultor para assuntos cientificos relacionados com Ovnis na Força Aérea dos EUA. Os dois conversaram sobre o assunto da experiência vivida por Carlos Montiel, e antes de se despedirem ficou combinado encontrarem-se de novo no dia seguinte para tomarem um café.

Carlos saiu de casa pelas 6 horas da manhã e dirigiu-se ao escritório da Airlines Mexicana onde já tinha preenchido uma ficha de candidato a piloto de passageiros como era seu sonho, e depois seguiu para o hotel onde estava hospedado o Dr. Hynek.

Quando começou a subir as escadas, o jovem piloto ficou surpreendido ao ver um dos homens de preto que o tinham ameaçado na estrada 4 semanas antes e ficou assustado. “Já o avisámos uma vez e não voltaremos a fazê-lo, de que não deve falar com mais com ninguém sobre o assunto” disse o homem empurrando-o contra a parede para realçar a ameaça e desapareceu. O jovem bastante assustado acabou por não se encontrar com o amigo que o aguardava e se foi embora para casa.

Dois anos mais tarde, Carlos de Montiel recordou todos estes incidentes comentando-os com dois investigadores norte-americanos sobre casos de Ovnis e ETs que lhe perguntaram qual era o aspecto dos homens de negro e ele explicou que eram muito altos, de aspecto estranho e pele muito branca.

(Do livro Casos Estranho de Charles Berlitz)

Rui M. Palmela