PLUTARCO, o autor romano, vai mais longe ao dizer: «Podeis realmente
perguntar que motivo tinha Pitágoras para se abster de carne. De minha
parte, não entendo através de que acidente e em que estado de espírito
foi que a primeira pessoa
sujou a sua boca com sangue e levou seus lábios em direcção à carne
de uma criatura morta, pôs mesas de corpos de animais despedaçados e
ousou chamar-lhe de alimento e nutrição às partes que pouco antes
haviam bramido e chorado, movimentavam-se e viviam. Como poderiam os
olhos suportar a matança em que as gargantas eram perfuradas, a pele
esfolada e os membros arrancados?... Certamente não são leões e lobos
que comemos para defesa pessoal; pelo contrário, ignoramos estes e
chacinamos criaturas dóceis e inofensivas sem presas ou dentes para nos
atacar. Por um pouco de carne lhes tiramos o sol, a luz e a duração de
suas vidas em evolução»...
LEONARDO D’AVINCI, o grande
génio (cientista, matemático, médico, inventor, escultor, pintor e poeta da
Renascença) dizia a este respeito que... «Aquele que não dá valor à
vida, desrespeitando-a, não a merece».
Os seus livros e anotações estão cheios de passagens que
mostram a sua compaixão por todas as criaturas
e lamentava que «um número incontável de animais terão
seus filhos arrancados, rasgados, barbaramente trucidados», dizendo
ainda que os homens consumidores de carne dos animais são «locais
do seu próprio sepultamento»... E mais concluia dizendo: CHEGARÁ
O DIA EM QUE O HOMEM CONHECERÁ O ÍNTIMO DOS ANIMAIS. NESSE DIA UM
CRIME CONTRA UM ANIMAL SERÁ CONSIDERADO UM CRIME CONTRA A PRÓPRIA
HUMANIDADE.
JEAN JACQUES ROUSSEAU, o grande filósofo francês, defensor da Ordem
Natural, referia que uma dieta vegetariana produziria uma pessoa mais
pacífica e compassiva, observando na Natureza fenómenos de
comportamento em que os animais carnívoros são mais cruéis e
violentos, enquanto os herbívoros são mais dóceis e pacíficos, além
de mais longevos. Isto levou-o a concluir que o género de
alimento influencia o temperamento dos indivíduos, tanto nos animais
como nos humanos. Esta é uma tese defendida também por outros
grandes pensadores...
LEON TOLSTOY, por exemplo, dizia que «Se toda a
Humanidade fosse
vegetariana eram impossíveis as guerras»... Acreditava este
grande escritor russo que ao deixar de matar animais, o homem
beneficiaria não só em questões de saúde física e psíquica, mas
também de ordem económica e social, e sobretudo temperamental. Tolstoy
deixou o desporto da caça em 1885, e refutou o pacifismo da alimentação
vegetariana, escrevendo no seu ensaio
“O Primeiro Passo” o seguinte: «O
consumo de carne é simplesmente imoral, visto que envolve a
execução de um acto contrário à conduta humana:
Matar!
BENJAMIM FRANKLIN, escritor
e inventor do século XVIII, viria também um dia a tornar-se
vegetariano (aos 16 anos de
idade) dizendo que «do
alimento vegetal «resultou maior progresso, maior clareza de
pensamento e mais rápida compreensão»...
Isto quer dizer que muitos dos “insucessos escolares” dos
nossos jovens seriam reduzidos se alterassem simplesmente o seu modo
errado de alimentação, hoje com tanta carne e coca-cola e bebidas alcoólicas
nas discotecas no seu modo de ‘diversão’.
O POETA SHELLEY,
era um vegetariano convicto que escreveu num ensaio sobre a
“Defesa da Dieta Natural” o seguinte: «Que o defensor da
alimentação animal seja forçado a uma experiência da conveniência
da mesma e rasgue um cordeiro vivo com seus dentes e, mergulhando sua
cabeça nos órgãos vitais deste, mate sua sede com sangue quente e
fumegante do animal, então, e só então, ele teria alguma lógica»...
Shelley tornou-se vegetariano quando estudava na Universidade de Oxford
e, juntamente com Harriet (sua espôsa), adoptaram esta dieta logo após
o casamento.
RICHARD WAGNER, o grande maestro e compositor musical do século 19,
exprimia a ideia de que «toda a vida é sagrada»
e que «uma dieta
vegetariana poderia salvar a humanidade das suas tendências violentas e
destruidoras, retornando assim ao Paraíso há muito perdido»...
Pessoalmente não creio que seja possivel um Mundo de Paz e harmonia com
uma civilização que mata e devora diariamente milhões de seres da
criação, sofrendo por isso o reflexo de sua própria Degeneração
relacionada com a sua errada forma de alimentação.
DAVID THOREAU , dizia também num dos seus livros (“Walden”), o
seguinte: «Não
é uma vergonha que o homem se tenha tornado um animal carnívoro,
predador de outros seres? É verdade que ele pode viver, e vive, em
grande medida, da captura e abate de animais; mas isto é uma forma
miserável e desumana de tratar os seres inferiores e será considerado
um benfeitor da sua raça aquele que ensinar as pessoas a se
restringirem a uma dieta sã, simples, inocente, benigna e coerente».
GANDHI, o grande pacifista e humanista do século XX,
também era vegetariano e dizia:
«É necessário que se corrija o erro de que o vegetarianismo
nos tenha tornado fracos de mente, passivos ou inertes na acção.
Não considero a alimentação carnívora necessária a qualquer
etapa de vida do ser humano. Considero a alimentação cárnea
inadequada à nossa espécie. Erramos ao copiar o mundo animal irracional,
os carnívorosl se somos superiores a eles. Sinto que o progresso
espiritual da Humanidade requer que paremos de matar os nossos
companheiros neste Mundo, os animais, só para satisfazer alguns dos
nossos desejos corpóreos»... Gandhi
sintetizava sua ideia na seguinte afirmação:
«O grau de cultura e de civilização
dum povo conhece-se pela forma como se alimenta e trata os seus próprios
animais»...
Doutro modo, é o próprio Albert Einstein (Pai da Teoria da
Relatividade), pacifista e humanista, que defende também a ideia de
que: «A maneira vegetariana de viver, por seu efeito puramente físico
no temperamento humano exerceria uma influência benéfica sobre toda a
Humanidade»... Palavra de cientista que infelizmente não entra
nos ouvidos dos pseudo-entendidos, os comedores de cadáveres de animais
que deviam aprender mais com os 'tolos' vegetarianos dos tempos actuais.
Para
terminar, cito um poema de George Bernard Shaw que toca na consciência
de muitos ‘crentes’ em Deus que ainda não entenderam a importância
fundamental da alimentação pura e natural, para um progresso mais
justo e humano na Humanidade Actual que ainda está longe de ser
perfeita e transgride as
Leis da Vida e da Ordem Universal. Por isso Bernard Shaw se
exprimia assim:
Oramos aos domingos para que possamos ter a luz
Que guie nossas passadas na trilha que partilhamos
Estamos saturados de guerra, o conflito não nos seduz
Mesmo assim é dos mortos que nos fartamos...